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Ordem de Cristo
Ordem de Cristo

Caravela

 

Nasce em Portugal a 14 de Março de 1319, por bula Ad ea ex quibus do Papa João XXII, a pedido do rei D. Dinis que, com esta hábil diligência diplomática, evitou a alienação dos bens da Ordem do Templo, extinta em 1312 pela bula de Clemente V, Vox in Excelso.

A nova ordem foi designada por Ordo Militae Jesu Christi, ou Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, e para ela se transferiram todos os bens e privilégios da extinta Ordem dos Templários.

D. Dinis, para quem a missão de continuar a guerra para consolidar as fronteiras a Sul se mantinha, doou o Castelo de Castro Marim para sede da nova milícia e escolheu o seu primeiro administrador, Gil Martins, Mestre de Avis, nomeado para a sua nova função a 15 de Março de 1319, por bula de João XXII " Desiderants as intinus". A Ordem de Cristo segue, como no tempo dos Templários, a regra de Cister, o seu hábito é muito semelhante, branco com a cruz de Cristo, e o abade de Alcobaça continua a ser o seu mentor espiritual e visitador.

Após a criação da Ordem de Cristo, mantém-se a subordinação ao Rei, sendo necessária a sua aprovação para todos os actos de administração, alienação de bens, alteração de costumes, destituição de freires ou mesmo de comendadores. Os antigos Templários, que não tinham optado pela integração em outra Ordem, tiveram um prazo de três meses para se apresentarem em Castro Marim, sede da nova Ordem. Contudo, por falta de acomodações em Castro de Marim, rapidamente a Ordem passou, primeiro para Castelo Branco e depois para Tomar.

A partir de 1322 a Ordem já está em Tomar, iniciando-se um período de grande degradação para o Castelo de Castro Marim, que acabou por perder o estatuto de sede da Ordem em 1357, altura em que Tomar se assume definitivamente como sede da Ordem de Cristo.

Em 1357 a sede da Ordem de Cristo é, pois, definitivamente instalada em Tomar e, em 1421, em Capitulo reunido em Tomar, foi adoptada a Regra da Ordem de Calatrava, para resolver a dependência, espiritual e de obediência, relativamente a Cister, ao mesmo tempo que mantinha os frades de Cristo como monges cavaleiros.

Em 1417, com a nomeação do Infante D. Henrique, filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre, a governação da Ordem de Cristo é exercida por membros da Casa Real, ou pelo próprio Rei, como veio a ser o caso de D. Manuel I, que foi, simultaneamente, Rei de Portugal, Governador e Regedor da Ordem, entre 1495 e 1521.

A Ordem de Cristo foi um instrumento formidável ao serviço da epopeia dos Descobrimentos Portugueses nos séculos XV e XVI, pois a sua missão, tal como o Infante D. Henrique, cognominado de "o Navegador", estrategicamente delineou, marcou a história de Portugal e o seu lugar no mundo. Sob o reinado de D. Manuel I, com a riqueza que o movimento dos Descobrimentos trouxe a Portugal, o Convento de Cristo beneficiou de importantes obras com destaque para a magnífica decoração da charola e a sua ampliação e transformação na extraordinária igreja conventual que, ainda hoje, apreciamos.

Em 1528, no reinado de D. João III, o rei convoca Frei António de Lisboa, frade dos Jerónimos de Guadalupe, incumbindo-o da missão de reformar a Ordem de Cristo, suprimindo o braço de cavalaria e impondo a regra de clausura. Data desta época a construção dos claustros e dependências conventuais que dão corpo ao complexo monumental do Convento de Cristo, acrescentando-lhe um vasto domínio rural conhecido por cerca conventual, hoje Mata dos Sete Montes.

Filipe II de Espanha, herdeiro da Coroa portuguesa, recorre ao apoio da Ordem de Cristo para assumir o novo reino, pelo que realizou Cortes em Tomar, no Convento de Cristo, em 15 de Abril de 1581. Do período filipino ficou, entre outras, a extraordinária obra de engenharia hidráulica, do aqueduto conventual, no qual se destaca a construção aérea do vale dos Pegões, pela sua monumentalidade. Após a ocupação filipina, o Convento de Cristo e os frades da ordem, seguiram a vida monástica até à extinção das ordens religiosas em 1834, altura em que o Convento de Cristo passa para a fazenda pública.

Na actualidade a Ordem de Cristo é uma Ordem Honorífica Portuguesa inserida no grupo das Antigas Ordens Militares que têm, como o nome sugere, origem nas antigas ordens militares, com o objectivo de galardoar serviços, feitos ou méritos prestados ao País, que mereçam ser especialmente distinguidos.

 

https://www.conventocristo.pt/pt/index.php?s=white&pid=194

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